Presidente da Federação de Surf fala sobre o esporte em SE

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


O Surf é definitivamente um dos esportes mais populares do mundo. Não é fácil, nem tão seguro. A prática dessa modalidade depende da força de vontade e da persistência de quem o pratica. Afinal, não é fácil errar e tomar um ‘caldo’ (termo usado quando se é derrubado da prancha por uma onda violenta no mar), e manter a mesma empolgação para continuar treinando. O estado de Sergipe tem modificado o cenário no que diz respeito à prática do esporte. Em uma conversa com Leonardo Menezes, presidente da Federação Sergipana de Surf (FSS), é possível perceber essa mudança e o que ela significa para os surfistas do estado.

De acordo com Leonardo Menezes o Surf em Sergipe cresceu bastante no que se refere a competições, prática e adeptos de novas pessoas. Ele ressalta que Aracaju tem uma localização privilegiada nesse sentido, é uma cidade litorânea com uma hidrografia que permite boas ondas para a prática do esporte. No entanto, não acontece o mesmo com a prática profissional. No que se refere a representação do estado pelos atletas, ainda precisa evoluir , não só quando se fala no nível dos atletas, mas também o papel das empresas. “As empresas sergipanas não tem a visão de patrocinadoras, muitas não oferecem oportunidades para os bons atletas, então a estrutura para as competições fica comprometida”, afirma o presidente.

Mesmo com dificuldade, o surf sergipano apresenta suas conquistas e parece continuar vencendo grandes obstáculos. No ano passado, a FSS conseguiu trazer a etapa do campeonato Nordestino Profissional de Surf para Aracaju com a premiação em R$30.000. Até então a cidade nunca havia sediado essa etapa. Esse ano, a federação conseguiu trazer outra etapa do Nordestino Pro e do Nordestino Amador, que foram dois importantes eventos. A FSS já fechou as duas etapas também para 2011, mas segundo Menezes, ainda é cedo para dizer em qual data será ou como será sua estrutura. “Um evento desses depende de vários fatores para que aconteça”, esclarece.

Força de vontade e ajuda solidária

O surf, também é um esporte democrático e pode ser praticado por quase todos que quiserem. É verdade que ele só pode ser praticado no mar e com ondas, mas em comparação com outras modalidades, o surf tem se popularizado de forma que um amador não precisa de muitos utensílios para ‘pegar uma onda’. Leonardo Menezes explica que com um pequeno investimento (algo em torno de R$ 150), uma pessoa pode ter sua prancha e os demais acessórios para surfar tranquilamente.

A Federação Sergipana de Surf mostra também que é uma instituição corajosa, pois não recebe recursos para fazer seus projetos. Leonardo salienta que apesar de o estado possuir milhares de surfistas, poucos são os investimentos, e isso acaba fazendo com que eles mal realizem os eventos. “Fazemos na garra e na vontade”, explica Leonardo. Ele também explica que há projetos de inclusão que buscam ajudar surfistas de comunidades mais carentes. “Mas não basta vontade, é preciso investimentos para que o projeto prossiga. Ajudamos alguns garotos, os atletas que mais precisam, mais só que de forma pessoal ainda, com nossos próprios recursos. Fazemos o que está ao nosso alcance. Falta um apoio real das grandes empresas!”, desabafa o presidente da FSS.

O surf em Sergipe tem apresentado várias possibilidades de crescimento do esporte dentro e fora do estado. Mas, como o próprio Leonardo Menezes exemplifica, os recursos ainda são escassos para se fazer grandes eventos. Mesmo assim, não falta para o presidente da FSS e nem para os surfistas sergipanos, amadores ou não, a coragem e a persistência, qualidades que caracteriza tanto esse esporte.


Clique aqui para saber mais sobre a prática do surf em Sergipe.

Por Matheus Fortes

Fotos: Marta Olivia Costa

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